Em uma floresta distante, uma eleição se aproximava para decidir quem ocuparia o trono do rei. O Leão, outrora o soberano da justiça e da força, estava debilitado pela doença e não conseguiu mais lutar para preservar seu reino. Em seu lugar, foi eleito o Corvo, uma criatura astuta, que, com sua retórica e artimanhas, iludiu a maioria dos animais da floresta.
Embora seu passado fosse conhecido por muitos, o Corvo usou as fraquezas de alguns para garantir apoio. Abutres, raposas, cobras e outros oportunistas enxergaram no Corvo uma chance de se beneficiar às custas do restante da floresta. Assim começou a era de trevas, onde poucos enxergavam a luz da verdade e a justiça parecia uma relíquia do passado.
O Leão, incapaz de resistir ao tempo, partiu. Sua morte foi um marco de tristeza para uns e de alívio para outros, especialmente para o Corvo. Com o Leão fora de cena, o Corvo acreditava que nada mais poderia impedi-lo de perpetuar seu domínio. Ele lançou como seu sucessor um Rato, uma criatura vil e zombeteira, conhecida por sua avareza e desonestidade.
Porém, o Corvo subestimou a força das forças invisíveis que regem o universo. Sobrevoando a floresta, havia uma Águia, símbolo de visão, força e sabedoria. E, em terra, uma Fênix sagrada elevava suas orações aos céus, pedindo uma intervenção divina para salvar a floresta de sua decadência moral.
A Águia, observadora e serena, havia sido uma aliada do Leão em tempos passados. Sua visão aguçada permitia que enxergasse não apenas a superfície, mas também os corações e intenções daqueles ao seu redor. Como disse Leonardo da Vinci: “Uma vez que você tenha experimentado o voo, andará pela terra com os olhos voltados para o céu.” A Águia não era apenas uma estrategista; era também uma líder inspiradora que sabia distinguir a verdade da maldade.
O chamado foi inevitável. Os animais, mesmo os mais orgulhosos, perceberam que precisavam da Águia para enfrentar o Corvo e seu Rato. A Fênix, com sua fé inabalável, continuava a orar por equilíbrio e justiça, acreditando que a união de esforços poderia restaurar a paz na floresta.
O candidato da Águia era o irmão do Leão, uma figura humilde e de coração puro. Ele caminhava pela floresta com suas sandálias simples, ajudando a todos sem pedir nada em troca. Enquanto o Rato se ocupava em subornar e enganar, o irmão do Leão conquistava os corações pelo exemplo e pela verdade.
O Corvo, por sua vez, tentava desviar as atenções, criticando o passado do Leão e glorificando suas próprias ações. Mas a Águia, com seu conhecimento e experiência, expunha as mentiras e as tramas ocultas. O Corvo escondia riquezas enquanto proclamava virtude; explorava os mais fracos enquanto fingia cuidar deles. Como dizia Sêneca: “Nenhuma mentira vive o suficiente para se tornar verdade.”
A floresta começou a despertar. A verdade, como a luz da aurora, foi revelando o que estava escondido. O Rato não conseguiu mais convencer, e o Corvo, com suas asas manchadas de ganância, foi finalmente confrontado por sua própria corrupção.
Quando chegou o dia da eleição, o som de trombetas ecoou pela floresta. Era o anúncio da vitória da justiça, da humildade e da verdade. O Corvo e seu Rato foram derrotados. A Fênix, com lágrimas de gratidão, ergueu suas asas em oração, enquanto os animais celebravam a nova era que começava.
A Águia, mais uma vez, cumpriu seu papel. Como ela própria ensina, a força de um líder não está apenas na visão, mas na coragem de elevar aqueles que o cercam. Como dizia Platão: “Aquele que deseja construir algo duradouro deve começar pela verdade.”
E assim, a floresta aprendeu que a sabedoria e a humildade são mais poderosas do que a astúcia e a ganância. Uma lição eterna, para quem tem olhos de águia e ouvidos para ouvir.
“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos que possam conhecer, é mera coincidência”,
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