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QUEM COM FERRO FERE...

Foto do escritor: Marcilio MaranMarcilio Maran


O ditado popular "Quem com ferro fere, com ferro será ferido" tem suas raízes na Bíblia. Em Mateus 26:52, Jesus ensina: "Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão." Mais tarde, no Novo Testamento, Jesus apresenta um princípio ainda mais profundo: "Se alguém lhe bater na face direita, ofereça-lhe também a outra" (Mateus 5:39). Essa transição nos convida a refletir sobre a evolução dos valores humanos, de uma justiça retributiva para uma justiça restauradora.


Essa reflexão nos leva ao cenário político e cultural atual. Após a recente posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, assistimos ao início de mudanças significativas, que prometem desfazer a influência da chamada "cultura woke" e resgatar valores tradicionais da sociedade americana. Mas o que é a cultura woke?


O termo "woke", que significa "desperto", surgiu como um alerta para questões de justiça social e equidade, mas acabou sendo distorcido. Sob sua influência, questões como identidade de gênero, ativismo e feminismo ganharam espaço, mas muitas vezes de forma polarizadora. Exemplo disso é a polêmica envolvendo atletas transgêneros participando de competições femininas. Casos como o de nadadoras que perderam títulos para competidores biologicamente masculinos têm gerado debates acalorados sobre justiça e meritocracia no esporte.


Donald Trump, com sua visão conservadora, tem tomado medidas para reverter essas tendências. Entre suas primeiras ações como presidente, assinou decretos que proíbem o uso de banheiros públicos por pessoas que não se identifiquem com seu sexo biológico e vetou a participação de atletas trans em categorias femininas. Além disso, descontinuou programas federais ligados à diversidade e inclusão que, segundo ele, contradizem os princípios de mérito e igualdade de oportunidades.


A nova administração também promete abordar questões internacionais com uma postura firme. Trump declarou que buscará o fim de conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, usando a força diplomática e militar dos EUA para alcançar a paz. Essa abordagem nos remete à liderança de Ronald Reagan, presidente de 1981 a 1989, que, com uma estratégia de força militar e poder econômico, contribuiu para o fim da Guerra Fria.


Mas como isso se relaciona com o ditado "quem com ferro fere"? O atual cenário político nos Estados Unidos exemplifica bem a ideia de que ações baseadas em perseguição ou injustiça geram consequências inevitáveis. Joe Biden, antes de deixar o cargo, assinou perdões presidenciais para membros de sua família e para si mesmo, prevendo possíveis repercussões de suas decisões. Quem perseguiu ou prejudicou injustamente pode agora enfrentar as consequências de seus atos.


Como sociedade, somos constantemente desafiados a evoluir. Santo Agostinho afirmou: "Sem a justiça, os reinos são apenas grande ladroagem." Essa frase nos lembra que a justiça é a base de qualquer convivência social harmoniosa. Da mesma forma, Chico Xavier nos ensinou: "Seja você quem for, seja qual for a posição que ocupe, você sempre terá algo a oferecer."


Concluo reafirmando que a justiça, seja ela divina ou humana, é um pilar indispensável da nossa evolução. Quando aprendemos a agir pelo amor, evitamos a dor. E, no ciclo da vida, colhemos exatamente o que plantamos.

 

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